Crescimento urbano seria uma das causas das inundações em Brasília


Uma matéria muito interessante sobre os recorrentes alagamentos na Capital. Saiu no Correio, deem uma lida:

Além da falta de investimento adequado em obras de infraestrutura por parte do governo, o crescimento urbano e a ocupação desordenada do solo podem explicar os estragos da chuva das últimas terça e quarta-feira, como apontam especialistas. A equipe do futuro governador tem uma difícil tarefa pela frente. Entre elas, a de revisar o sistema de drenagem pluvial e implantar ações como o Águas do DF, cujo objetivo é, entre outras coisas, resolver os problemas decorrentes da falta de impermeabilização do solo.

Atualmente, a licitação está parada e aguarda adequações por parte da Secretaria de Obras, uma vez sofreu vários embargos por parte do Tribunal de Justiça do DF e dos Territórios e Tribunal de Contas do DF. Segundo o futuro presidente da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) Hermes Ricardo de Paula, a primeira ação da gestão Rodrigo Rollemberg, a curto prazo, é criar patrulhas para desobstruir as galerias de águas pluviais, para, depois, dar sequência a um plano abrangente, que vai englobar todas as áreas do DF e envolver os órgãos competentes (Leia Quatro perguntas para).

Especialistas ouvidos pelo Correio também citam a necessidade de grandes obras. Mas, de forma emergencial, sugerem a criação de ferramentas e mecanismos para informar a população. É o caso de boletins on-line ou aplicativos, como destaca o engenheiro ambiental e geotécnico Pedro Batista. A ideia é apoiada pela engenheira civil e mestre em construção civil Irene de Azevedo Lima, que vai além: “A implantação de reservatórios de contenção nos prédios ajudaria a diminuir a sobrecarga da rede. Isso existe em novas edificações. De fato, não resolve o problema, mas auxilia. A verdade é que precisamos de uma reformulação de todo o sistema, aumentando as redes de captação de águas pluviais”, argumenta. Irene também relaciona o atual cenário à criação de novos bairros, como Sudoeste e Noroeste. “A consequência é a impermeabilização do solo. Com o aumento do volume das chuvas, a água para de infiltrar num determinado ponto e acaba escoando para outro”, concluiu.


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