A Gerra das Eleições 2014 - Ricos e Pobres, Esquerda e Direita


Fazia tempo em que eu não passava por aqui, mas não poderia passar esse período das eleições sem fazer nenhum post. Embora e amém, já tenha se encerrado, em 2014 aconteceram várias coisas interessantes durante as campanhas.

Trazendo aqui para o Distrito Federal, havia um favorito que era ficha suja, com a barreira da justiça tudo se inverteu e resultou na vitória do agora governador Rodrigo Rollemberg. 
Contudo a briga mais feia de todas ocorria pela concorrência ao cargo mais alto do país, era a gerra pela Presidência da República. 

Acusações iam e voltavam, era notável uma campanha indireta pela principal emissora de Tv do país. De um lado, sabe-se escancaradamente dos corruptos, do mensalão, obras inacabadas, mas também de apoio a população mais carente do país. De outro, um ex governador, com nome forte, escândalos pouco divulgados, aeroportos suspeitos e a perda de votos no próprio estado que governava.

Uma grande verdade é que não existem inocentes em nenhuma das legendas. E porque não dizer, não existem "santos" em nenhum partido brasileiro. Não adianta culpas partido X ou partido Y pelo atual estado do Brasil e sua democracia. A verdade que fica é que agora sabemos mais do que antes! Apareciam poucos corruptos antigamente por causa do costume de engavetar processos ou salvar pela amizade política.

Fato é que por trás de tudo, se mantém forte, o jogo de interesses, e esse envolve os partidos, empresários e laranjas que aos poucos vão enriquecendo. É por isso que o financiamento das campanhas, em sua maioria são feitos por grandes corporações, estas esperam receber os seus favorecimentos depois que o candidato é eleito. O mesmo também acontece com a distribuição de cargos públicos, como ministérios, secretarias e mais alguns outros. O Brasil é um país rico e todos querem uma fatia do bolo.

Até mesmo candidatos, que aparentemente tem uma posição firme, quando perdem, se traem e se bandeiam para tentar "ganhar" um lugarzinho ao sol. Veja só o caso mais expressivo, Marina, que detonava Aécio apareceu até na TV, pedindo voto. Uma decepção, pois antes tivesse permanecido neutra.

Dizem por ai que houve uma "Divisão" no país, metade Dilma e metade Aécio. Realmente os votos indicam isso, mas devemos levar em consideração que "todo" o país votou e em todos os estados houveram votos para os dois candidatos. Já vejo pelas redes sociais, manifestos descriminatórios contro o Norte do país e até já sugeriram criar um muro para separar os dois lados. Essa história de muro, de separação, além de ser de péssimo gosto é característica de nações falidas em processos não democráticos, que punem a população por seguirem uma opinião, religião e exigem controle, como em uma "ditadura". Enquanto o desejo é unir o país para o bem de todos, esses parecem querer excluir metade da população por não concordarem com sua opinião. Um verdadeiro retrocesso político.

Os últimos anos nos mostraram a cara da corrupção, o quanto ela real e pela primeira vez os culpados foram cassados e condenados. Ainda existem muitos defeitos, principalmente em nossas leis, que permitem muitas janelas para o corrupto passar. A solução está numa vasta "reforma política" que enrijeça as penas e principalmente apure constantemente a administração em grandes cidades e pequenos municípios. 
Acredito que principalmente nos pequenos, onde a população é mais carente e menos instruída. Os prefeitos de interior, recebem as verbas para as melhorias e estas nunca chegam, o dinheiro é desviado, as mães passam fome e as crianças tentam estudar embaixo de árvores em escolas improvisadas. Eis aí um belo alvo para começar a mudar o país.

Se você quiser enxergar a realidade, deve concordar sim, que existem muitos corruptos, que o dinheiro some e etc, mas também deve concordar que existem menos pobres que antes. Hoje em dia, o pobre compra, tem cartão de crédito, viaja de avião e movimenta a economia. Queria ver o choro de um empresário desses bem ricos, se os pobres não tivessem condições de comprar em sua loja. Em 2014 o pobre pode mais do que nos anos 90. É claro que ainda falta muita coisa, nosso país é grande e grandes mudanças por aqui ocorrem muito lentamente. Mas como costumo dizer, é melhor ir lentamente, do que nunca sair do mesmo ponto.

Uma outra verdade, que compõe essa realidade é a existência de blocos conservadores dentro e fora do meio político. Esses são aqueles que querem ver crescimento, mas significativo apenas para os seus bolsos e por eles os pobres devem ser mantido onde estão, alienados, e consideram esses cidadão apenas como "força de trabalho", ignorantes e incapazes de dividir o mesmo espaço dentro de um restaurante ou num voo. Sim, isso existe e tem gente que deixa bem claro. O pobre é bom para trabalhar, mas não deveria ter opinião sobre decisões, assim alguns pensam.

Felizmente, mesmo de uma maneira torta, a maioria brasileira, que não é rica pode se expressar a cada 4 anos para decidir e ter mais esperança de um futuro próspero. Isso aconteceu esse ano, o lado mais conservador foi derrubado pelo Brasil, onde a maioria escolheu. Essa história e traçar uma linha, dividindo o país, só nos distancia da verdadeira democracia e diminui as pontes para que o povo possa em sua totalidade viver melhor.

O Brasil é um só, um país cheio de gente boa, mas que só vai evoluir quando o jogo de interesses sumir e em seu lugar entrar o que mais temos de valor, que é o povo. Como dizem, a esperança é a última que morre! Então vamos em frente!



Jeff Lima
Ya Brasília

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